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NÃO PERCAM! UM SÉCULO DEPOIS DO GRANDE SUCESSO, ESTREIA "A REVOLTA DA VACINA" 2 - A MISSÃO!

terça-feira, 23 de março de 2010

subtítulo deste artigo:
LENDAS URBANAS E SUAS CONSEQUÊNCIAS - PARTE II


Se a obra "Admirável Mundo Novo", do inglês Aldous Huxley, tivesse sido publicada em 1904, com certeza os leitores da época imaginariam aquele futuro improvável como algo possível de se viver somente no século XXI. Digo isto porque em 1904 o mundo era muito diferente do que é hoje e seria difícil imaginar os avanços que aconteceriam nos próximos 100 anos.

Para se ter uma ideia, em 1904 nascia Roberto Marinho e ninguém poderia imaginar que aquele então bebezinho fosse construir um império de comunicação como as Organizações Globo. Da mesma forma, naquele mesmo ano nascia Reinhard Heydrich e também ninguém poderia imaginar que aquele bebezinho de olhos azuis fosse se tornar o temível Comandante da SS Nazista, depois apelidado de "Carniceiro de Praga", pelas inúmeras atrocidades que cometeu contra o povo da ex-Checoslováquia.

Se hoje falamos em trêm-bala no Brasil, em 1904 estava sendo inaugurado o Metrô em Nova Iorque. Se hoje vivemos a era Obama, em 1904 os EUA estava recebendo Theodore Roosevelt como presidente. Se hoje voltamos a discutir a posse das Ilhas Malvinas pela Inglaterra, em 1904 o Brasil terminava uma disputa internacional com a Inglaterra pelo território de Roraima, hoje Estado. Se hoje assistimos "Avatar", de James Cameron, em 3D, em 1904 os fãs do cinema se maravilhavam com os efeitos de Georges Méliès, o pai do cinema-ilusão.


Mas se com todos estes exemplos fica claro que muita coisa pode mudar em 106 anos, infelizmente há coisas que insistem em continuar na mesma! Impossível? Pois abra a sua caixa de e-mail e veja se algum amigo seu já lhe enviou uma mensagem sobre os perigos da vacina contra a gripe H1N1.

Em 1904 não existiam as facilidades da internet e a melhor forma de propagar um boato era imprimir milhares de panfletos ou publicar artigos polêmicos em semanários. E foi neste ambiente que nasceu a Revolta da Vacina, um movimento popular no Rio de Janeiro, então capital do Brasil, apoiado pelos cadetes da Escola Militar carioca e que se transformou numa tentativa de golpe de Estado.

O personagem principal deste episódio histórico foi o jovem médico sanitarista Oswaldo Cruz, que com o apoio do Governo promulgou a lei que tornava obrigatória a vacina contra a varíola. Na época a população não acreditava que as doenças fossem causadas por agentes microscópicos, como os vírus, e acreditavam que aquela história de vacina era uma grande bobagem.


Para piorar ainda mais, acontecia na mesma época uma sutil articulação de um golpe contra o então Presidente Rodrigues Alves, por um grupo de militares e intelectuais que defendiam a volta de Floriano Peixoto ao poder. Este grupo percebeu que poderia canalizar a insatisfação popular causada pela vacina, em favor da sua causa política.

Por outro lado, a falta de sensibilidade política de Oswaldo Cruz acabou inserindo muitas medidas autoritárias na campanha de vacinação, o que contribuiu ainda mais para a insatisfação popular. Juntou-se a isto vários boatos contra a vacina financiados pelos monarquistas, que apostavam na desordem como um meio de voltar à cena política. E, junto aos boatos dos monarquistas, apareceram também outros boatos criados pelos golpistas que apoiavam Floriano Peixoto. O caos foi generalizado, principalmente depois de um boato que dizia que a vacina contra a varíola deveria ser aplicada nas "partes intímas" das pessoas. Uma notícia dessa numa então sociedade totalmente machista era uma verdadeira afronta, pois os maridos iriam ser obrigados a deixar os sanitaristas verem suas esposas nuas!

Dá para imaginar o que aconteceu. O povo, revoltado com a "invasão de privacidade" supostamente causada pela nova campanha de vacinação, foi às ruas em passeata destruindo tudo o que encontrava pela frente!

Trezentos cadetes armados lideraram a passeata rumo ao Palácio do Catete, sede do Governo. A revolta só foi contida no dia seguinte, quando os cadetes se renderam e a polícia conseguio cercar a população, além da intervenção da Marinha, que bombardeou a Escola Militar, que era o QG da revolta. O saldo final desta confusão maluca causada pela ignorância e pela crença em boatos infundados, foi de 30 mortos, 110 feridos, 1.000 presos e mais de 400 deportados!


Antes disso, Oswaldo Cruz já vinha enfrentado outras batalhas em prol da saúde pública, como as campanhas de erradicação da Febre Amarela e da Peste Bubônica, também desacreditadas pela população, que achava um absurdo internar as pessoas a força só porque estavam com febre, além de não acreditar que um inofensivo rato fosse capaz de causar a Peste Bubônica. Porém, cinco anos depois, em 1909, não era registrada na cidade do Rio de Janeiro, mais nenhuma vítima da Febre Amarela, e as mortes causadas pela Peste Bubônica diminuíram de 1.000 para 48 ao ano.




Voltemos aos nossos dias, ao nosso cotidiano cosmopolita e voltemos também alguns parágrafos acima, quando eu lhe pedi que desse uma olhada na sua caixa de correspondência eletrônica. Se você já recebeu algum e-mail alertando contra a Campanha da Vacina da gripe H1N1, a famosa gripe suína, você com certeza ainda está meditando sobre esta questão, se perguntando se é ou não real este alarme todo. Mas se você não recebeu ainda nenhum e-mail do gênero, com certeza já deve ter ouvido algo a respeito vindo da boca de algum conhecido ou lendo em algum jornal. Acontece que, lamentavelmente, 106 anos após a histórica "Revolta da Vacina", estamos assistindo a uma continuação deste blockbuster!


Pois bem, você conhece Jane Bürgermeister? Não? Pois eu também não conheço ou, pelo menos, não conhecia até pesquisar mais sobre esta mulher. Jane Bürgermeister é uma jornalista austríaca muito conhecida em alguns países, como a Inglaterra, Irlanda e Austrália, onde escreve matérias sobre saúde e medicina em jornais e tablóides de segunda categoria. Embora tenha uma fama suspeita, esta jornalista também já teve alguns artigos publicados em periódicos conceituados, como Nature, o British Medical Journal, The Scientist, a Reuters Health, o Guardian e o Observatório Mundial de Energia Renovável. Mas o que a deixou mais conhecida foi um processo de queixa-crime que abriu contra a OMS ( Organização Mundial da Saúde ), a Baxter AG International ( indústria farmaceutica ) e o Governo Americano, alegando que estes órgãos eram os responsáveis diretos pela suposta criação de uma falsa vacina composta de vírus geneticamente alterados, que está sendo usada como pretexto para a prevenção de uma falsa epidemia provocada pelo vírus H1N1 que, segundo a mente conspiratória de Jane Bürgermeister, também se trata de um vírus criado em laboratório! Confuso, né? Mas sempre devemos lembrar que há louco pra tudo neste mundo!

Indo na onde desta maluquice, apareceu uma tal de Dra. Rauni Leena Luukanen-Kilde, que consta nos boatos ser uma ex-ministra da Saúde da Finlândia, quando na verdade apenas exerceu por um curto período um cargo de chefia de um órgão semelhante a uma Secretaria de Saúde na Lapônia. Esta doutora já provou que é mais uma maluca, pois em sua biografia consta a autoria de livros sobre discos voadores, abduções, controle da mente por ondas de rádio e outros temas que começam onde a ciência termina! No Youtube você encontra um vídeo dela falando sobre a abdução que sofreu logo após um acidente de carro em 1986.

Uma rápida busca pelo Google pode nos fornecer várias informações sobre esta mulher, que afirma que os Nazistas foram à Lua na década de 40 do século passado e deixaram lá uma bandeira com a suastica, além de dizer que os americanos já foram para Marte antes mesmo de alcançarem a Lua e continuam fazendo viagens por diversos planetas há décadas, sempre de forma oculta e secreta!


Pois esta Dra. Rauni Leena também aparece nos e-mails que transmitem o boato contra a vacina, "ratificando" as ideias da jornalista Jane Bürgermeister. Mas o problema maior não é a existência destas duas malucas e sim a engenhosa trama que os inventores desta conspiração criaram para distribuírem esses boatos contraditórios que estão enchendo as caixas de correio eletrônico de todo mundo. A trama toda se apóia em meias-verdades sobre a produção de vacinas e a epidemia do H1N1 que assolou boa parte do planeta em 2009.

Os boatos possuem diversas versões, sendo todas elaboradas por grupos internacionais que defendem o não-uso de vacinas. Estes grupos foram formados na década de 70 do século passado, em sua maioria nos EUA e no Canadá, logo após a o surgimento de boatos que colocavam as vacinas como culpadas do nascimento de crianças autistas.

No Canadá encontramos um dos mais influentes grupos contra a vacinação, que hoje já faz parte da política local, o Partido da Verdade e da Liberdade ( Truth and Freedom Party of Canada ). Reproduzo aqui ao lado uma cópia do panfleto que eles distribuem naquele país. Para ver a imagem original em PDF, clique AQUI.

Bem, agora que toda a história foi comentada, me disponho a "destrinchar" uma das versões deste e-mail que anda circulando por aí desde o ano passado. No texto encontramos várias frases desconexas, que evidenciam que se trata de uma mensagem feita por alguém de fora do Brasil, que desconhece algumas peculiaridades do nosso país, além de não ficar claro de onde o suposto remetente escreve, como vamos ver adiante:



No início do texto hoax deste e-mail, vemos a seguinte frase:  "Recebi este e-mail de uma amiga"
Quem é esta suposta amiga? Não há referencia alguma que possa endossar esta mensagem!

Logo depois observamos: "NÃO tomar essa vacina assassina que estão querendo que seja compulsória acho que é Tamiflu"
Bem, esta mensagem foi criada em agosto de 2009, quando ainda poucas pessoas sabiam o que era Tamiflu. Hoje sabemos que não se trata de uma vacina, é o medicamento fosfato de oseltamivir, indicado para o tratamento e para a profilaxia da gripe H1N1 em adultos e crianças a partir de 8 anos de idade, conforme descreve a bula fornecida pelo Ministério da Saúde.


Encontramos esta outra frase, que diz que "pessoas estão trabalhando arduamente para impedir este genocídio em massa do planeta, ela [ a vacina ] tem mercúrio e oleo de esqualeno, que são altamente tóxicos".
Lembra que eu falei de meias-verdades? Pois bem, aqui está uma delas. Realmente a vacina contra o vírus H1N1 possui mercúrio em sua composição, mas não se trata do dimetilmercúrio, que é uma substância proibida para uso biológico. O mercúrio encontrado nesta e em todas as vacinas de múltiplas doses existentes é o etilmercúrio, que nada mais é que um conservante que mantém a vacina própria para uso mesmo depois que o frasco foi aberto. Já o óleo de esqualeno é uma substância natural produzida por plantas, animais e até seres humanos. Esta substância é produzida pelo fígado e se espalha por todo o nosso sistema circulatório. O esqualeno é adicionado para melhorar a eficácia de diversas vacinas experimentais.


Outra frase intrigante é esta: "Aliás, aí na America, a loucura já chegou ao ponto de dizerem nas TVs que mercúrio é bom pra população!"
Aqui somos levados a crer que o suposto informante está escrevendo de outro continente. E acredito que ninguém nunca viu na TV um disparate desses! Em outra parte da mesma mensagem, encontramos uma frase que cria uma confusão em relação ao local onde o remetente se encontra:  "Hoje no trabalho uma cliente disse que no hospital de Acari..."  Ora, a pessoa está em outro continente ou está aqui no Brasil? Mais adiante chegamos a conclusão que nem mesmo a pessoa que escreveu sabe onde ela está: "Aqui no Rio o Butantã..."   Butantã no Rio de Janeiro?


Mais um erro idiota: "... a Fio Cruz estará aplicando Tamiflu na população". Sabemos que Tamiflu não é aplicado em ninguém, pois é um medicamento que deve ser tomado e não injetado, já que a sua apresentação é em comprimidos ou em pó para suspensão via oral! Além disso, a Fiocruz, a Fundação Oswaldo Cruz, tem como atribuição a pesquisa de novas vacinas e não a sua aplicação.


Desde o início do ano, uma nova versão desta mensagem "terrorista" começou a circular na internet brasileira. Trata-se de uma versão mais atual, sem tantos erros gramaticais e excluído algumas informações contraditórias que apareciam na versão anterior. A ideia desta nova mensagem é criar uma aproximação da população brasileira ao tema, já que nesta segunda-feira, dia 22 de Março, teve início a segunda fase da Campanha de Vacinação contra o vírus H1N1 no Brasil; fase esta que se distingue da anterior pelo fato de dar início a vacinação da população, e não mais apenas dos profissionais da área médica.

Descrevo agora as mentiras contidas nesta última versão, que aparece com dois títulos:
"8 Motivos para não tomar a vacina da H1N1" e "8 RAZÕES PARA VOCÊ NÃO TOMAR A VACINA H1N1":



O primeiro suposto motivo se refere ao mercúrio, que já expliquei anteriormente, bem como a questão do óleo de escaleno, mencionado no segundo suposto motivo para não tomar a vacina :

"1. A vacina H1N1 contém mercúrio - a segunda substância mais perigosa do planeta depois do urânio! O veneno de uma cascavel é menos perigoso que o mercúrio! O Mercúrio em outras vacinas está ligado à epidemia de autismo entre crianças!"

"2. Ela contém esqualeno, uma substância que quando injetada no corpo pode fazer o sistema imunológico humano voltar-se contra si mesmo!"


"3. Ela contém células de câncer de animal que pode provocar câncer nas pessoas!"
Neste terceiro suposto motivo, encontramos a menção às células de animais com câncer. Este absurdo advém de uma meia-verdade. Ultimamente os laboratórios estão sendo alvos de denuncias reais sobre testes de novas vacinas feitas em cães. Diversas ONGs de Proteção aos Animais protestam contra este fato. Eu, pessoalmente, também sou contra esta medida, mas infelizmente cães estão sendo usados como cobaias por serem animais de porte maior, bem diferentes dos tradicionais testes feitos em ovos de galinha. Os laboratórios alegam que com estes testes se pode chegar bem mais rápido à uma fórmula eficaz da vacina, e que fazem uso de experimentos com cães somente quando se necessita de uma nova vacina com urgência, como neste caso da gripe H1N1. Porém, dizer que as vacinas estão contaminadas com células cancerígenas de animais, é um absurdo sem fundamento!


"4. Até o governo federal não está confiante quanto à segurança da vacina H1N1, é por isso que foi dada às indústrias farmacêuticas imunidade contra ações judiciais. Isto significa que se seu filho ou esposa ficar inválido ou morrer por causa da vacina H1N1, você não poderá processar a indústria farmacêutica que fez a vacina!!!"
Mais um absurdo! Sabemos que vacinas desenvolvidas contra gripes, seja a H1N1 ou Influenza tradicional, não possuem caráter de imunidade e sim de prevenção. Os vírus que transmitem quaisquer tipos de gripes são altamente mutáveis e as vacinas para este tipo de doença apenas auxiliam o combate a uma possível infecção, e não criam uma imunidade total na pessoa que tomar a vacina. Prova disto é que todos os anos devemos tomar vacinas contra gripe, simplesmente para manter o organismo mais resistente aos vírus. Um idoso que toma a já tradicional vacina contra a gripe comum, não está totalmente protegido; está somente menos propenso a pegar uma gripe!



"5. A entrada no mercado da vacina foi acelerada, o que significa que todos os efeitos colaterais a médio e longo-prazo não são conhecidos!"
Basta você fazer uma simples busca no Google com as palavras "testes da vacina h1n1" (sem aspas) para acompanhar cronológicamente todos os diversos testes feitos em humanos, desde Setembro de 2009, nos EUA, na China, Europa e aqui no Brasil, através do Instituto Butantã.



"6. Em 1976 o instituto médico afirmou que havia uma situação crítica relativa à gripe suína, quando de fato somente 5 pessoas em todo o país adoeceram com ela. A situação crítica foi uma fraude na época tal como é uma fraude agora. As pessoas começaram a morrer ou ficarem inválidas após tomarem a vacina contra a gripe suína!"
Talvez esta afirmação seja a única na qual devemos ter certa consideração, pois de fato aconteceu um surto repentino em 1976 nos EUA, como você pode constatar nesta reportagem publicada na Folha de São Paulo.



"7. As estatísticas e os fatos estão sendo manipulados para provocar pânico! O número de pessoas que supostamente estão com o H1N1 são somente estimativas, não números reais. Os testes usados para o H1N1NÃO são aprovados pela FDA (Agência de Drogas e Alimentos dos EUA), e esses testes NÃO são confiáveis! Os poucos que supostamente morreram por causa do H1N1 também estavam com pneumonia ou outras doenças; entretanto, o instituto médico quer que você acredite que o H1N1 foi a única causa dessas mortes."
Que coisa! Isto me faz lembrar o pensamento idiota daquelas pessoas que não acreditam até hoje que houve o holocausto! A FDA -Food and Drugs Administration, n
ão aprovou os testes iniciais contra a H1N1 porque não foram eficazes no combate, mas assim que descobriram que o Tamiflu podia ser utilizado com eficácia, todos os órgãos controladores de medicamentos aprovaram a medida, tanto que este medicamento é utilizado até hoje no tratamento desta doença. Houve uma verdadeira maratona nos primeiros meses da epidemia para se encontrar um tratamento adequado e, finalmente, se chegar a esta vacina. Em relação às mortes, até o dia 21 de janeiro de 2010 foram registradas 14.378 mortes em decorrência do surto da gripe H1N1 em todo o mundo, sendo que no Brasil houve 1.632 óbitos até a mesma data. Gostaria que o desequilibrado que criou este boato falasse isto na cara de uma das milhares de mães que perderam seus filhos por causa desta doença!


"8. De acordo com as declarações dos Centros de Controle de Doenças, Agência de Drogas e Alimentos e da Organização Mundial da Saúde (OMS), o H1N1 é uma doença moderada da qual muitas pessoas se recuperam em uma semana sem medicação!"
É claro! Deveriam ter avisado isto antes, assim as milhares de pessoas que morreram a toa, poderiam ter "enrolado" a morte por uma semana e, no final, se saírem bem!




Agora pessoal, cabe a cada um nós fazer o bom uso do raciocínio, que é inerente ao pensamento humano, e reconhecer que os avanços da ciência são extremamente superiores às crendices que povoam o folclore místico das lendas urbanas. Devemos saber separar os contos da carochinha da realidade dos fatos! Em pleno século XXI não há mais espaço para uma nova "Revolta da Vacina".


Portanto, verifiquem o calendário desta campanha de vacinação e compareça aos Postos de Saúde nas datas em que você se enquadra. Se a sua idade não consta em nenhuma das etapas da campanha, não se preocupe. Como a maior parte da população brasileira faz parte dos grupos de maior risco e, portanto, será vacinada, o risco de contágio das demais pessoas após a campanha será insignificante. E, uma vez estabelecido este controle, os raros casos de gripe que eventualmente ocorrerem após a vacinação, serão facilmente detectados e tratados. Em 2011, a produção da vacina já estará estabilizada e então haverá uma campanha de vacinação que atenderá toda a população.

6 comentários:

Mulher na Polícia 26 de março de 2010 às 07:57  

Oi Deijivan,

Tem também um filme famoso onde os personagens descobrem que uma empresa está testando uma vacida em seres humanos na África, lembra? Realmente não me lebro detalhes do filme.

Pra mim, o principal responsável por esses boatos tão prejudiciais é a falta de informação mesmo.

Obrigada pela companhia lá na delegacia!
Foi um prazer conhecer o seu blog!

Deijivan 27 de março de 2010 às 05:53  

Valeu, minha querida!

Talvez pior que a falta de informação, seja o excesso de informação! Devemos saber filtrar esta cachoeira de informações que a internet despenca sobre nós!

E saiba que a sua Delegacia é a única na qual sinto prazer em retornar sempre! rs.

Unknown 28 de março de 2010 às 06:11  

¡Muy buen amigo! Aquí también hay mensajes en contra de la vacuna.
Una sugerencia: colocar una opción de traducción en el blog.
¡Un abrazo compañero!

Laura 28 de março de 2010 às 10:23  

Basta verificar as estatísticas: alguma pessoa teve efeitos colaterais desde que a vacina começou a ser administrada? Que eu saiba não... a internet tem dezenas de qualidades, é essencial para o mundo atual, mas é necessário que não se acredite em tudo que se lê, o perigo está aí...

Deijivan 29 de março de 2010 às 04:30  

Olá Miguel! Fico feliz em encontra-lo por aqui!
Realmente, esta "praga" de "hoax" sobre os supostos perigos da vacina contra a gripe H1N1 se espalhou por todo o mundo, principalmente aí na Europa, onde a jornalista Jane Bürgermeister é mais conhecida!
Bem, quanto ao tradutor para o blog, quero que saiba que estou providenciando isto. No momento estou formatando um aplicativo que disponibilizarei em breve!
Abraços amigão!

Deijivan 29 de março de 2010 às 04:44  

Laura, você tocou num ponto crucial quando comenta se alguém sofreu com efeitos colaterais suspeitos após a administração da vacina. Esta é uma das principais provas a favor da vacina da gripe H1N1. Até mesmo os efeitos colaterais normais informados pelos agentes da Saúde a todos que tomam a vacina (leve dor de cabeça; possível febre; crise de resfriado passageira e dores musculares), foram sentidos por muito poucas pessoas.
Se a coisa fosse como o falso alerta informa, já teriamos milhares de óbitos ou internações logo no primeiro dia da campanha!
E reafirmo o que você disse: devemos estar sempre atentos ao ler notícias que vieram da internet! Saibamos usar o bom-senso e a meticulosidade para checarmos sempre a procedencia das informações!

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